Como acabar com a impunidade dos políticos no Brasil?
Nos últimos 19 anos, 130 processos de crimes contra a administração pública foram parar no Supremo Tribunal Federal (STF). Apenas seis foram julgados - e absolvidos. O número é da Associação dos Magistrados Brasileiros. A situação é semelhante no Superior Tribunal de Justiça. Mesmo que cometam crimes comuns, autoridades públicas (ministros de Estado, parlamentares e governadores) contam com foros especiais de julgamento. Se o cidadão responde a processo por lavagem de dinheiro na Justiça comum, ao adquirir um mandato parlamentar, passará a ser julgado pelo STF. E o tribunal não está estruturado para fazer investigações. Resultado: o processo dormita abrindo caminho para a impunidade. Na acepção do filósofo Roberto Romano, da Unicamp, esse sistema criou duas classes de cidadãos. Pelo mesmo crime, uns são julgados em foros comuns, outros em foros especiais. O Jornal de Debates pergunta: Como acabar com a impunidade dos políticos no Brasil?
(Fonte: Jornal de Debates)
Esse tema fez lembrar-me de uma aula que tive na faculdade. Meu professor ao explicar o recalque – Freud – explicou o porquê de haver constante corrupção no Brasil. Segundo Freud, o ser humano age por pulsão e o recalque existe como um freio para que não cometamos atos ilícitos e/ou malvistos. Ou seja, a cultura e todos os preceitos contidos nela nada mais são que uma forma de controle para que o mundo não se torne um caos total.
Está na lei de Deus e na lei do Homem: “Não furtar”. Quem o fizer pagará em vida ou em pós-vida (para quem acredita). Para nós brasileiros, resta-nos acreditar na justiça divina.
A certeza da impunidade que os políticos têm os fazem passar por cima desse recalque e nos leva cada vez mais perto do caos. Mas isso não é culpa somente do mau governo, a culpa é de todos que deixam que esses fatos caiam no esquecimento, pois no Brasil é assim, um escândalo acaba quando o foco muda, outro acontece, e assim nada se soluciona.
Vamos viver nesse ciclo para sempre enquanto esse sistema de impunidade estiver inserido em toda a sociedade brasileira. Logo, a pergunta tema de debate é uma incógnita. Quando vamos acordar e enxergar para onde estamos indo, ou melhor, para onde esse sistema está nos levando?
"O mundo é um lugar perigoso de se viver, não por causa daqueles que fazem o mal, mas sim por causa daqueles que observam e deixam o mal acontecer", já dizia Shakespeare.
quinta-feira, 12 de julho de 2007
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