“Só espero que não me joguem pedra na rua”. A afirmação é de Cristina Ribeiro, 35 anos, protagonista de um drama que parou o Rio.
Quem não lembra desse epísodio, ocorrido em 10 de novembro de 2006, na Rodovia Dutra, em Nova Iguaçu, na região da Baixada Fluminense?
Violência no lar: por que mulheres perdoam?
De acordo com estimativas do Centro Integrado de Atendimento à Mulher (CIAM), do governo do Estado do Rio de Janeiro, cerca de 70% das mulheres que são vítimas de violência doméstica perdoam seus maridos. O assunto tem sido tratado com destaque no noticiário depois que Cristina Ribeiro, mantida como refém pelo próprio marido num ônibus no Rio de Janeiro, junto com os outros passageiros, decidiu perdoá-lo. Oito meses depois do “seqüestro”, no qual ficou cerca de dez horas sob a mira de um revólver, Cristina voltou a viver com o marido, mesmo temendo ser hostilizada pela decisão. Diante disso, o Jornal de Debates coloca em discussão a violência no lar. Por que mulheres perdoam?
(Fonte: Jornal de Debates)
Eu, Rebeca, prefiro enxergar que tal estatística se deve ao fato de ser da natureza feminina o benefício de perdoar tal brutalidade. Ato mais do que belo, é divino. Eu, como mulher que nunca passou pela situação de Cristina Ribeiro, que perdoou André Luiz depois deste tê-la mantido cerca de 10 horas dentro de um ônibus ameaçando-a com um revólver, digo que jamais o aceitaria de volta. Mas, como disse, nunca passei por isso para poder certificar esta afirmação.
É do ser humano esse misto de amor, ciúme e agressividade. Mas a mulher expõe essa agressividade de outra forma, talvez que doa mais, marque mais. E quem disse que o homem não perdoa? Perdoa, sim. Quantas mulheres, no auge do ciúme, já não soltaram palavras que doem mais que qualquer bofetada? A mulher ataca com palavras, com atitudes, e isso é sim uma forma de agressão. Até porque, seria, no mínimo, ridículo, uma mulher tentar bater num homem, que por natureza, geralmente, é mais forte (físico). E mais ridículo seria um homem não perdoar uma mulher porque esta o agrediu. Você já ouviu algum homem declarar que terminou um relacionamento porque sua parceira lhe deu uma ‘porrada’? Sem machismo, digo isso com base na pouca experiência que tenho.
Mas, apesar de tudo que falei, acho que não se deve generalizar, cada caso é um caso. Somente Cristina e André sabem como e porque houve a briga e a volta. Talvez o ciúme descontrolado, a atitude desequilibrada e a agressividade fossem motivos para Cristina deixar de amar André. Mas o amor, que pode ser considerado doentio por muitos que desta história só acompanharam o ‘seqüestro’, pode ser ele e somente ele, o motivo pelo qual Cristina perdoou André.
Para finalizar, cito Carlos Drummond de Andrade: "Existem muitos motivos para não se amar uma pessoa, mas apenas um para amá-la.”
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3 comentários:
Esta é uma das tolices mais degradantes que já li em minha vida. Agora quer comparar palavras a bofetões, murros, chute, puxões de cabelo e seqüestros? E ainda quer "embelezar" tudo falando num dom supostamente "sublime" de perdoar agressores de mulheres?
Aprenda uma coisa: o amor é saudável. Se não for saudável, então não é amor. E quem compactua com relações doentias como a que foi descrita no seu post apenas ajuda a alimentar a abominável violência contra as mulheres que ocorrer o tempo todo.
Para concluir, deixo aqui uma pergunta para que você reflita: e se tivesse sido com uma filha sua?
Vc me interpretou mal. Não foi minha intenção justificar o que fez André Luiz e, muito menos, justificar o perdão dado a ele. Minha intenção foi esclarecer que não cabe a nós julgar se ela fez certo ou errado.
Respondendo sua pergunta: Se fosse com minha filha, eu jamais o perdoaria.
Obrigada pela opinião,
Rebeca.
Sim, provavelmente por isso e
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